Solidariedade sindical pressiona para proteger a floresta amazônica e o trabalho decente

A Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM) e suas afiliadas pediram o estabelecimento de uma “Rede Sindical de Solidariedade com a Amazônia” para organizar ações de solidariedade internacional para proteger a floresta amazônica do Brasil e garantir um trabalho decente na área. 


Em uma declaração, que foi assinada pela ICM em conjunto com as Confederações Sindicais Brasileiras CUT, NCST, UGT, a Associação Internacional de Operários Aeroespaciais e Operários (IAMAW) e o Sindicato Sueco dos Trabalhadores Florestais, Madeira e Gráficos (GS) também instaram o governo brasileiro a mudar urgentemente suas políticas ambientais e reativar sistemas de vigilância florestal e atividade econômica sustentável. 


Os sindicatos disseram que desde o início do governo Bolsonaro em 2019, a Amazônia sofreu com o aumento dos incêndios e extração ilegal de madeira. Em 2020, o desmatamento e as queimadas destruíram 87.762 km² de floresta tropical, ou o equivalente à área da Áustria. Muitos defensores apontaram a política deliberada do governo de priorizar o agronegócio e o "extrativismo" como uma das principais causas da destruição ambiental. 


Mas a situação na Amazônia não é só meio ambiente. Os sindicatos informaram que há um aumento acentuado nos casos de violência contra a população indígena local, camponeses e ambientalistas. Segundo a Igreja Católica do país, cerca de 300 pessoas foram assassinadas em contextos de conflitos pelo uso da terra e dos recursos naturais na Amazônia. 


A ICM, suas afiliadas e os sindicatos convidados instaram o governo brasileiro a responsabilizar todos os responsáveis pelo desmatamento e mineração ilegal na área. Também pediram às autoridades que garantam a proteção e a segurança dos líderes indígenas ameaçados, da comunidade, dos religiosos e dos sindicatos, e a retomada dos diálogos sociais tripartites. 


Leia a declaração em Inglês  e Português